quarta-feira, abril 18, 2007

Quando é noite


Hora de balanço e hoje eu fiz coisas comuns me sentindo tão estranha e tocando o dia: como telefonemas, servir pessoas, reclamar - coisa que eu nunca me lembro de fazer, estou listando minhas queixas, mas detesto gente poliqueixosa, daí vou rasgar e pensar em evitá-las. Isso é muito íntimo.


Tudo pode ser dividido, tudo pode ser encadeado, tudo tem príncipio/meio/fim. Tem? Comigo não, detesto correntinha, pensamento correntinha...


Eu mexo nesse mouse demais, é pura ansiedade ficar clicando porque na verdade estou esperando sempre. São palavras suas que eu espero, mas em armadilhas eu não vou cair, vai ser de graça dessa vez, promessas de reciprocidade eu nem quero, mutatis mutandi, eu não sou mais como ontem, toda a distância é boa, porque no espaço da distância tudo cresce e floresce.


Que coisa reticente é a atração intelectual, foi como pensei, e vai que estou justamente em Heart in a Cage, fazer o quê? Escorrega daqui e dali e vai levando, o tempo vai passando e de repente, cai a ficha.


Na verdade tudo isso é um pretexto para não encerrar mais um dia tedioso, com as surpresas da noite. Saudade do tempo em que existiam as coincidências e o amor era fácil. Sim, sobrou chocolate.

Um comentário:

Marconi Leal disse...

Teve um tempo em que o amor era fácil?