sexta-feira, outubro 13, 2006

Tem mais água nos meus olhos que nesses todos oceanos, o que não sei explicar no momento, descontei na br e vim pisando com pressa, correndo, passandos os carros, perdi a hora, de qualquer maneira tudo é demora, e derramamento de momentos que não passam, são lágrimas que já foram choradas, elas retidas à margem de mim, exteriores a mim, internamente assim.

Eu achei e não sei onde encontrar, me possui sem tocar, coisa non sense mesmo esse jeito de amar.

Eu vou me vingar dessa fidelidade lendo Nietzche, mesmo sendo cega vou de Freud, deixo Sade me frequentar. Isso tudo regado ao soneto da fidelidade, com o fantasma de Vinícius jurando a imortalidade da chama, bem malvado ingênuo, com versos de Born to be wild na cela da prisão.

Estou desse jeito, mas mudo depressa, efeito travessa, vai passar...

Espero alinhavando uma costura, uma Penélope determinada e impura, sonhando seu Ulisses além mar. E o tempo que alivie, algum deus que interceda nessa curiosa confusão. Devolve minha solidão, a inércia, a constância, aquele inferno menor que precedia essa paixão. Ou me queime depressa, que eu sou meio esperta e viro Phoenix na multidão.

Nenhum comentário: