segunda-feira, agosto 28, 2006

O que há por trás de um nome? O que revela-se numa fisionomia? O que se esconde? Os traços se traem.

Você vai? Você volta.

Esses caminhos áridos que você percorre como se pisasse águas calmas. Eu sempre te espero, o tempo nosso não obedece essa ampulheta digital. Suas palavras escritas com tanta intimidade nesta tela impessoal e vaga. E eu adivinho seu olhar, entre conquistas e queixas divertidas. Você penetra meus poros e preenche os vazios ávidos por idéias e conflitos. Minha sede de seres densos e ilógicos, minha necessidade de agregar palavras desesperadas por sentido.

É isso, soldado branco, você não desertou da guerra que nos consome perplexos, minas de decepções, ruídos de bombas imaginárias, sonhos destruidos. Nos intervalos cultivo flores, beijo bocas, fico parindo novos mundos, muitos em frágil papel de seda.

Somos nós por trás dos nomes. Você vai, você volta.

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