domingo, agosto 27, 2006

Again

Ophélia delira aos domingos e sonha com estrelas verdes que pode habitar e árvores silentes de uma floresta própria. Os delírios de Ophélia são úteis e ninguém a perturba nessas horas em que se ausenta da realidade.

Tratamos hoje das entrelinhas da paranóia, de países e personalidades que se sustentam no poder de informações e dinheiros que parecem fantasias, e ouve Badi Assad.

Criatura narcisista e excêntrica essa que vos fala... E se você veio parar aqui, é que não fica atrás. Essa menina que foi pobre demais, de finanças e afetos, me tortura, é uma mulher que no viés do olhar diz coisas de não se ignorar. Ela tem a estória de seu vestido único, de seus inimigos muitos, do seu apetite de aprender, de sua infinita ignorância que lhe mora nos seios, neurônios, e o gosto de brincar com medos e vaidades.

O fato do medo da solidão e pobreza que assola-nos a todos, não constrange tanto a criatura quase ausente, quase demente, quase lucidez e solução...

Isso é uma porta aberta, um convite, um novo convite a um recomeço. Volte sempre à mescalina da simplicidade. Again and again...

Um comentário:

Roy Frenkiel disse...

Ola, grande Ophelia, como sempre, prestigiarei tuas valiosas palavras por aqui! bjx RF