
"Depois de mim, o dilúvio."
Tá muito heavy, não tem flores, nem chuva, nem lua, nem bares e bordéis nesse momento de entresafra. Bem que tem tempo perdido nos parênteses de viagens. O passado transborda e sempre repete fórmulas desgastadas. E por acaso amor não falta, esbarro em amor o dia todo, são morangos com vodca, é o sol detrás da cortina, é brigadeiro e carro apressado.
Rimas que me irritam profundamente eu exilo, extradito pro lixo e desprezo trocadilhos. Esoterismo e explicações. Sadia saudade e a louça está limpa. Colega me entenda, quando é ponto, .
Amanhecendo amanhã, estarei manhã mesmo na varanda, esperando, esperando que os próximos dias nascentes me tragam alívio, como ensinava a negra dama enquanto amassava pães de queijo na aurora e falava pausadamente de coisas que ainda estou por entender.
Quando liga a madrinha contando estórias, estórias que eu quero esquecer. Quero ser gentil, quero que não se sinta só. Tantos anos e fé me exasperam, a cruz, a cruz e a cruz, esse cristianismo castigando história a fora, liturgia, perdão, pedofilia, come essa hóstia aqui.
O telefone toca e parece distante, é bom estar distante.
Os laços, os nós, os desatamentos por consolidar. Da minha arca eu vejo: o grande dilúvio vai passar.